Após quatro dias da tumultuada eleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) à Presidência do Senado, o plenário da Casa elegeu nesta quarta-feira, 06, outros seis membros para compor a Mesa Diretora para o biênio 2019-2020 e mais quatro suplentes. Com isso, um dos postos será ocupado por Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.
Dos 81 senadores, 72 votaram a favor da chapa e apenas dois contra. Outros três se abstiveram e quatro faltaram à eleição. Os ausentes foram Jader Barbalho (MDB-PA), Renan Calheiros (MDB-AL), Fernando Collor (Pros-AL) e Rogério Carvalho (PT-SE).
Antes do resultado ser proclamado, Alcolumbre disse que estabeleceu o “entendimento e o diálogo” como pontos de partida para a condução dos trabalhos no Senado e agradeceu aos líderes partidários.
A escolha foi feita após um acordo de líderes partidários, que optaram por uma chapa única. Secreta, a votação ocorreu pelo sistema eletrônico, diferentemente do pleito para o comando da Casa, realizado mediante cédulas preenchidas manualmente no último sábado, 02.
Agora, cada posto será ocupado por um integrante de um partido diferente. Veja a lista:
1º vice-presidente: Antonio Anastasia (PSDB-MG)
2º vice-presidente: Lasier Martins (Podemos-RS)
1º secretário: Sérgio Petecão (PSD-AC)
2º secretário: Eduardo Gomes (MDB-TO)
3º secretário: Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
4º secretário: Luis Carlos Heinze (PP-RS)
1º suplente: Marcos do Val (PPS-ES)
2º suplente: Weverton Rocha (PDT-MA)
3º suplente: Jaques Wagner (PT-BA)
4º suplente: Leila Barros (PSB-DF)
De acordo com o regimento interno do Senado, os secretários ficam responsáveis pelos serviços administrativos (1º), como registro e assinatura atas de sessões secretas (caso do 2º secretário), realização de chamada de votos e auxílio na apuração de eleições (3º e 4º secretários).
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), envolvido em investigações sobre movimentações financeiras atípicas apontadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), foi indicado pelo líder do partido no Senado, Major Olímpio (SP), para integrar a Comissão Diretora. O assunto Coaf não foi tratado no plenário do Senado.
Nesta ocasião, a composição não levou em conta o tamanho das bancadas, como normalmente acontece. Com 13 senadores, o MDB tem a maior delas na atual legislatura, mas ficou apenas com a 2ª secretaria.
Após reunião de líderes realizada na terça, 05, Alcolumbre afirmou não haver acordo sobre a proporcionalidade, mas um “um diálogo aberto e franco em relação à participação dos partidos”.
Ao fim da polêmica eleição à Presidência da Casa, o MDB do senador Renan Calheiros (AL), que não compareceu nesta quarta e renunciou à candidatura no último sábado, deve ficar com a presidência da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania).
A comissão é considerada a mais importante tanto do Senado quanto da Câmara, porque é lá que começa a tramitação de propostas legislativas.
Veja o número de senadores dos 16 com representação no Senado hoje:
MDB: 13
PSD: 9
PSDB e Podemos: 8
DEM, PT e PP: 6
PSL e PDT: 4
PSB, Rede, Pros e PPS: 3
PR: 2 PRB e PSC: 1
Sem partido: 1
Fonte: Roma News